Agentes da Polícia Federal deflagraram a Operação Pulso nesta quarta-feira contra um grupo de empresários que atuavam na estatal Hemobras
09/12/2015 às 12:45 - Atualizado em 09/12/2015
Dinheiro "cai do céu" após a chegada da Polícia Federal, em Recife (PE)(Divulgação/Polícia Federal/VEJA)
A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira mandados de busca e apreensão em um prédio residencial de luxo no Recife, em Pernambuco. Ao perceberem a chegada dos agentes, um grupo lançou uma sacola de dinheiro do sexto andar do edifício.
Batizada de Pulso, a operação tem como objetivo desarticular uma quadrilha que direcionava licitações e desvia- va recursos públicos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras). Os crimes recaem em diversos contratos e licitações, incluindo a obra de construção da fábrica da empresa em Goiana (PE).
Os agentes da PF também cumprem mandados em outros quatros Estados: Piauí, Paraíba, Minas Gerais e São Paulo. Ao todo, são dois mandados de prisão temporária contra empresários que atuam na Hemobras, entre eles um lobista; 28 de busca e apreensão e 29 de oitivas mediante intimações. Além disso, foi autorizado o afastamento de três funcionários da empresa - dois deles, diretores da estatal.
A Hemobras é vinculada ao Ministério da Saúde e trabalha com a produção de medicamentos destinados a pessoas com hemofilia, além de portadores de imunodeficiência genética, cirrose, câncer, aids e queimados.